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quarta-feira, 7 de maio de 2014

Mitologia Egípcia: DENEG: OS ANÕES DO EGÍTO

DENEG: OS ANÕES DO EGÍTO


Os egípcios antigos chamavam de deneg tanto os anões quanto os pigmeus. A  literatura antiga do Egito não deixa clara a distinção entre anões e pigmeus. Provavelmente os pigmeus seriam os nascidos no estrangeiro; isso explicaria o porque dos pigmeus não desfrutavam do mesmo tratamento que os anões. Os pigmeus eram importados da África Tropical e serviam como dançarinos ou acrobatas, suas funções estavam sempre ligadas ao  entretenimento para a corte. Os anões da raça Dang eram os mais procurados por serem, de um modo geral, excelentes dançarinos.
Há textos hieroglíficos que a eles fazem menção, como este, citado por N. Riad, em sua obra A Medicina auxiliar no Tempo dos Faraós: ..."ele dançará como um anão diante de Osíris".
Os anões do Egito podiam fazer parte da corte como empregados, secretários particulares, encarregados de joias, bailarinos e artistas, entre outras atividades. Vários deles eram tão apreciados que tiveram sepultamentos no cemitério real, próximo às pirâmides.
Em algumas obras de arte anões aparecem aos pés de seus mestres ou cuidando de animais domésticos. São também representados levando um cão para passear, caçando avestruz, codornas ou outros pássaros, segurando um macaco preso e mesmo fazendo trabalhos de escultura, ourivesaria e joalheria. Um dos deuses do panteão egípcio é representado como um anão disforme de pernas arqueadas e de aparência feroz: Bés.
Uma carta de Pepy II, da 6ª. Dinastia, encarece Harkhuf, que estava de volta de uma expedição para o sul do Sudão, a tomar muito cuidado com um pigmeu dançarino que ele havia comprado. A carta diz que "Minha majestade deseja ver esse pigmeu mais do que os presentes da Terra das Minas (Sinai) e de Punt".
Alguns pesquisadores afirmam que os Anões viviam bem integrados na sociedade do Egito.
Há pelo menos 50 tumbas, com registros de Anões na vida e na arte egípcias .
O Egito Antigo, permitia que anões de classes mais elevadas ocupassem cargo público. Como exemplo disso temos registro de Seneb, supervisor dos anões no palácio do faraó. Além desse cargo, ele era chefe do guarda-roupas real e sacerdote dos ritos funerários. Ao lado a estátua que apresenta Seneb, de braços curtos, com suas pernas cruzadas, ao lado sua esposa numa posição de notável apoio, um filho e uma filha, todos de constituição normal.
A esposa de Seneb fazia parte da corte do faraó e era sacerdotisa.
O Egito cultuava dois deuses anões: Bes e Ptah.
Bes era o protetor da sexualidade, parto, mulheres e crianças. Seu templo foi escavado recentemente no oásis de Baharia, na região central do Egito.
Ptah era associado à regeneração e ao rejuvenescimento
O nanismo que é uma malformação congênita, era respeitada no Egito Antigo, historiadores e analistas de obras de arte egípcias, afirmam que os anões eram participativos e trabalhadores.
As pinturas existentes nas paredes dos túmulos de faraós e altas autoridades informam com clareza  que havia um elevado número de anões no Egito.
As pinturas representam com fidelidade corpos musculosos, cabeça de tamanho normal, um pouco obesos, membros curtos, pernas por vezes arqueadas e muitas vezes corcundas.
O mais importante é que as informações descrevem respeito mutuo pela sociedade, os anões não eram olhados como seres marginalizados ou desprezados.
Existe uma determinação emanada do faraó Amenemope que diz:
"Não ironize o cego, nem ria do anão, nem bloqueie o caminho do aleijado; não aborreça um homem que ficou doente por causa de um deus, nem faça escândalo quando ele erra".
Elise Schiffer
Set/2009

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