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domingo, 8 de março de 2015

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ANÍBAL

Aníbal, filho de Amílcar Barca; Cartago, 248 a.C. - Bitínia, 1832 ou 182 a.C., Conhecido comumente apenas como Aníbal (em púnico: ḤNBʻL, Ḥannibaʻal ou Ḥannibaʻl, lit. "Ba'al é/foi bondoso"ou "Graça de Baal" ou "recebi a graça de Baal",talvez também nas formas Ḥannobaʻal, ou ʼDNBʻL, ʼAdnibaʻal, lit. "Ba'al é meu senhor"; em em grego: Ἁννίβας, Hanníbas) foi um general e estadista cartaginês considerado por muitos como um dos maiores táticos militares da história. Seu pai, Amílcar Barca (Barca, "raio" ), foi o principal comandante cartaginês durante a Primeira Guerra Púnica, travada contra Roma; seus irmãos mais novos foram os célebres Magão e Asdrúbal, e seu cunhado foi Asdrúbal, o Belo.
Sua vida decorreu no período de conflitos em que a República Romana estabeleceu supremacia na bacia mediterrânea, em detrimento de outras potências como a própria Cartago, Macedônia, Siracusa e o Império Selêucida. Foi um dos generais mais ativos da Segunda Guerra Púnica, quando levou a cabo uma das façanhas militares mais audazes da Antiguidade: Aníbal e seu exército, onde se incluíam elefantes de guerra, partiram da Hispânia e atravessaram os Pirenéus e os Alpes com o objetivo de conquistar o norte da península Itálica. Ali derrotou os romanos em grandes batalhas campais como a do lago Trasimeno ou a de Canas, que ainda se estuda em academias militares na atualidade. Apesar de seu brilhante movimento, Aníbal não chegou a capturar Roma. Existem diversas opiniões entre os historiadores, que vão desde carências materiais de Aníbal em máquinas de combate a considerações políticas que defendem que a intenção de Aníbal não era tomar Roma, senão obrigá-la a render-se. Não obstante, Aníbal conseguiu manter um exército na Itália durante mais de uma década, recebendo escassos reforços. Por causa da invasão da África por parte de Cipião, o Senado púnico lhe chamou de volta a Cartago, onde foi finalmente derrotado por Públio Cornélio Cipião Africano na Batalha de Zama.
O historiador militar Theodore Ayrault Dodge o chamou "pai da estratégia". Foi admirado inclusive por seus inimigos — Cornélio Nepos o batizou como «o maior dos generais»—, assim sendo, seu maior inimigo, Roma, adaptou certos elementos de suas táticas militares a seu próprio arsenal estratégico. Seu legado militar o conferiu uma sólida reputação no mundo moderno, e tem sido considerado como um grande estrategista por grandes militares como Napoleão ou Arthur Wellesley, o duque de Wellington. Sua vida tem sido objeto de muitos filmes e documentários. Bernard Werber lhe rende homenagem através do personagem do «Libertador», e de um artigo em L’Encyclopédie du savoir relatif et absolu mencionada em sua obra Le Souffle des dieux.

Antecedentes e Inicio de Carreira:
Em meados do século III a.C., a cidade de Cartago, onde nasceu Aníbal, estava fortemente influenciada pela cultura helenística derivada dos vestígios do império de Alexandre Magno. Cartago ocupava então um lugar importante nos intercâmbios comerciais da bacia mediterrânea, e em particular nos empórios da Sicília, Sardenha e nas costas da Ibéria e da África do Norte. A cidade dispunha igualmente de uma importante frota de guerra que protegia suas rotas marítimas, que transportavam o ouro procedente do Golfo da Guiné e o estanho procedente das costas britânicas.
A outra potência mediterrânea da época era Roma, com a qual Cartago entrou em guerra durante vinte anos em um conflito conhecido como a Primeira Guerra Púnica, a primeira guerra de grande envergadura em que Roma saiu vitoriosa. Este enfrentamento entre a República Romana e Cartago foi provocado por um conflito secundário em Siracusa, e se desenvolveu por terra e mar, em três fases: combates na Sicília (264-256 a.C.), combates na África (256-250 a.C.) e de novo na Sicília (250-241 a.C.). Durante esta última fase, e sobretudo com a guerra, nasceu a fama de Amílcar Barca, pai de Aníbal, que dirigia a guerra contra Roma desde o ano 247 a.C.. Com a grande derrota naval nas ilhas Égadi, ao noroeste da Sicília, os cartagineses se viram obrigados a firmar um tratado na primavera de 241 a.C. com o cônsul Caio Lutácio Cátulo. Entre os termos impostos a Cartago por este tratado se encontravam a cessão dos territórios da Sicília e Sardenha, e o desmantelamento de sua frota.
Ao final da Primeira Guerra Púnica, apesar das precauções adotadas por Amílcar Barca, Cartago encontrou problemas na hora de dispersar seus regimentos armados de mercenários, que não tardaram em assaltar à cidade e provocar um conflito da envergadura de uma guerra civil. Este episódio histórico é conhecido como a Guerra dos Mercenários. Amílcar conseguiu reprimir esta rebelião depois de três anos, depois de vencer aos rebeldes no rio Bagradas e de novo, com um grande derramamento de sangue, no desfiladeiro da Serra. Políbio o nomeia como o "desfiladeiro da serra", mas Gustave Flaubert, que utiliza a tradução de Vincent Thuillier, o chama "o desfiladeiro do machado". Da sua parte, Roma havia aproveitado a falta de oposição para tomar a Sardenha, anteriormente em mãos dos cartagineses. Para compensar esta perda, Amílcar marchou à Ibéria, onde se apoderou de vastos territórios no sudeste do país. Durante uma década, Amílcar dirigiu a conquista do sul da Ibéria, apoiado militar e logisticamente por seu genro Asdrúbal. Esta conquista restabelecia a situação econômica de Cartago, graças à exploração das minas de prata e estanho.

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