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sábado, 12 de dezembro de 2015

Menu Mitologia Grega: As Pitonisas

AS PITONISAS 

Os gregos davam o nome de Pitonisas a todas as mulheres que tinham a profissão de adivinhas, porque o deus da adivinhação, Apolo, era cognominado Pítio, quer por haver matado a serpente píton, quer por ter estabelecido o seu oráculo em Delfos, cidade primitivamente chamada Pito.
A pítia ou pitonisa propriamente dita era sacerdotisa do oráculo de Delfos. Sentada sobre o trípode ou cadeira alta com três pés, acima do abismo hiante donde brotavam as pretensas exalações proféticas, ela divulgava os seus oráculos uma vez por ano, no começo da primavera.

No começo só houve uma Pítia, mais tarde, quando o oráculo mereceu inteiro crédito, elegeram-se muitas sacerdotisas, que se substituíram umas às outras e podiam sempre dar resposta em um caso importante ou excepcional.

Antes de sentar na trípode, a Pítia sempre se banhava na fonte de Castália, jejuava três dias, mascava folhas de loureiro, e com religioso recolhimento, cumpria várias cerimônias. terminados esses preâmbulos, Apolo prevenia a sua chegada ao templo que tremia até os alicerces. Então a Pítia era pelos sacerdotes conduzida à trípode. Era sempre em transportes frenéticos que ela se desempenhava das suas funções, dava gritos, uivos e parecia possuída por um deus. Assim que desvendava o oráculo caía numa espécie de aniquilamento, que algumas vezes durava muitos dias. "Muitas vezes, diz Lucano, a morte imediata foi o prêmio do seu sofrimento e do seu entusiasmo".

A Pítia era escolhida com cuidado pelos sacerdotes de Delfos, que, por seu turno, eram encarregados da interpretação ou redação dos oráculos. Exigia-se que ela tivesse nascido legitimamente, que tivesse sido educada simplesmente e que essa simplicidade transparecesse em seus costumes. Não devia conhecer nem as essências nem tudo quanto o luxo refinado faz imaginar às mulheres. Era de preferência escolhida em uma casa pobre, onde tivesse vivido na mais completa ignorância de todas as coisas. Era bastante que soubesse falar e repetir o que o deus lhe dissesse. 
Nem sempre o oráculo era desinteressado. Mais uma vez, por instigação dos seus ministros, e pelo boca de sua sacerdotisa, Apolo cortejou riqueza e poder. Os atenienses, por exemplo, acusaram a Pítia de se haver deixado corromper pelo ouro de Filipe da Macedônia. 
O costume de consultar a Pítia remontava os tempos heróicos da Grécia. Diz-se que foi Femonoe a primeira sacerdotisa do oráculo de Delfos que fez o deus falar em versos hexâmetros, acrescenta-se que ela vivia sob o reinado de Acrício, avô de Perseu.

Referências
Mitologia Grega e Romana - P. Commelin

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