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sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Menu Mitologia: O Jardim na Mitologia

O JARDIM NA MITOLOGIA

A própria palavra «paraíso», de origem persa, designa um jardim.
Não será por acaso que assim é já que na Pérsia o jardim assume não só uma conotação cósmica mas também metafísica e mística. O amor dos jardins chega mesmo a ser considerado o tema central da visão do mundo iraniana.

É também na Pérsia, (atual Irã)que se encontram os vestígios dos mais antigos jardins de que há vestígios físicos, os lendários jardins de Pasárgada, criados por volta de 550 a.C. pelo imperador Ciro na capital que então estabeleceu no local da sua vitória sobre os Medos

Não se encontra porém nenhum jardim no que chegou até nós dos mitos persas da criação do mundo. No entanto, estão presentes duas árvores fabulosas que cresceriam no meio do grande Oceano salgado Vourukasha,  a primeira árvore do mundo, mãe de todas as plantas, conhecida como a árvore de Saena ou de Simurgh e ainda como árvore-de-todos-os-remédios ou árvore-de-todas-as-sementes.

Na mitologia grega é conhecido o Jardim das Hespérides mas  não se relaciona com a criação do Mundo.
Era no entanto um local importante, cenário do casamento entre Zeus e Hera.  Tratava-se de um jardim divino onde os mortais não podiam entrar e onde viviam as Hespérides, naídes filhas de Atlas e Hespéris, encarregues de o guardar e cultivar. Neste jardim, pomar de Hera, cresciam árvores que davam maçãs de ouro, considerados como frutos da imortalidade Apanhar as maçãs de ouro do jardim das Hespérides, tarefa julgada impossível para um mortal, foi um dos trabalhos de Hércules que este conseguiu naturalmente levar a cabo com sucesso.

Já os romanos cultivaram a arte do jardim. Os jardins romanos eram requintados e complexos, neles se misturando arquitetura, estátuas, escadarias, fontes, grutas e encantadores jogos de água com a vegetação dominada pela vontade do homem. Assim não é de estranhar que uma divindade lhe tenha sido especificamente atribuída na mitologia romana, Pomona, a única ninfa que não amava os bosques e a natureza. Preocupava-se apenas com frutos, pomares e jardins, sendo representada com uma faca de podar na mão.

Fugia dos homens apenas se interessando pelos trabalhos do jardim mas acabou por ser conquistada pela persistência, eloquência, beleza, juventude e amor de Vertumnus que teve no entanto que adotar um disfarce de velha, admiradora de frutos, para conseguir aproximar-se da arisca ninfa dos jardins.

Contrariamente aos jardins que são raros já a presença de árvores como são a árvore da Vida e a árvore da Ciência do Bem e do Mal parece ser relativamente frequente na mitologia. Além das já referidas árvores mitológicas da Pérsia e Amazónia muitas outras podem citar-se como entidades mitológicas enquanto outras, reais, se assumiram como objetos de culto.

Entre as mais impressionantes árvores mitológicas estão as árvores-mundo como Yggdrasil, o gigantesco freixo da mitologia teutónica pré-cristã ou a árvore-da-fala da mitologia do Tongo e Fidjis que ligam e protegem vários mundos de que o superior é o céu, morada dos deuses e o inferior o mundo subterrâneo ou infernal, estando a terra, mundo dos homens, situada num plano intermédio

Apenas a título de exemplo no que se refere às árvores reais refira-se o papel da figueira na Índia, que com as suas imponentes raízes aéreas e a sua seiva lacticífera é um símbolo da ligação entre a terra e o céu e um elemento protetor indispensável nas aldeias ou das árvores africanas, elementos protetores e residências dos espíritos dos antepassados.

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